sábado, 24 de outubro de 2009

Elena



Rasterjany lica. Rasstajali v proshlom.
As pessoas perdidas têm um caminho no passado
Obratno granicy projti nevozmozhno.
Os limite para passá-las são impossíveis
I vysohli slezy, a znaesh' kak bylo...
Igualmente as cicatrizes secaram e sabemos, como era
Pogasli vse zvezdy i solnce ostylo.
As estrelas e o sol resfriaram abaixo
Ja znaju, ty znaesh'. Ja znaju, ty slyshish'.
Eu sei, você sabe que eu sei, você me ouve
Real'nost' zhestoka. My zhivy. My dyshim.
A realidade é severa - nós estamos vivos.Nós respiramos
No serdce ostalos' razorvannym vkloch'ja.
Mas pedaços do coração, soltos em partes
I pamjat' v probelah i mnogotoch'jah...
E memórias nos espaços em branco
Navsegda! Navsegda! Navsegda! Navsegda!
Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre.

Vse to chto bylo, vse ne zrja.

I vremja ne vremja toropit'
Todo o que era - tudo sabiamente
Chto budet dal'she. Ty i ja
E tempo do tempo não apressa.
Ne znaem. I znaem. Mozhet byt'.
Isso será mais importante para você.
Ljubit' kak ty ljubish',
Não sabemos se podemos saber.
Pytat'sja uspet'
Para amar, como você tentar ser o tempo.
V mire, gde stol'ko boli s smerti
No mundo onde é tudo dor e morte.
Soboju sozdat', napisat' i spet'
Próprio para criar, escrever e cantar
Vse, chto ty mozhesh' ostavit' na svete.
Tudo que você pode deixar para a luz
Navsegda! Navsegda! Navsegda! Navsegda!
Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre.

Ja znaju kak s nami igraet soznan'e.
Eu sei, como nós jogamos
Kak stynut zhelan'ja i dosvidan'ja.
Como uma despedida.
Ja slyshu kak stonut, ja slyshu kak plachut
Eu me ouço, como o gemido, como grito
Ljubov'ju zatronutye neudachno.
O amor falou em vão.
I rvutsja naveki kak tonkie struny
São cicatrizes iguais e para sempre como finas cordas.
Vernut' ih tak trudno a ih - milliony.
Para retornar é difícil - e seus milhões.
Ja verju - vse ljudi kogda-nibud' budut Sogrety drug drugom...
Eu confio,algum dia todos os povos serão amigos.
Vljublennyj vljublennym...
Enamorando-se, Enamorando-se.

Navsegda! Navsegda! Navsegda! Navsegda!
Navsegda! Navsegda! Navsegda! Navsegda!
Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre.
Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre, Para Sempre.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009



"A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez." - Friedrich Nietzsche

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A noite está apenas começando





Eu tive um sonho com um anjo na praia
E ondas perfeitas começaram a vir
Seu cabelo estava flutuando num arco-íris dourado
E seu toque tinha um poder paralisante

Eu tive um sonho com um anjo na floresta
Encantado no meio de um lago
De seu corpo saiam raios de luz
E a terra começou a tremer

Mas eu nao vejo nenhum anjo na cidade
Eu nao vejo nenhum coro santo cantando
E seu eu ainda nao posso ter um anjo
Eu ainda posso ter uma mulher
E uma mulher é a coisa mais proxima
A coisa mais próxima de um anjo
Um rapaz é a coisa mais próxima

Eu tive um sonho com uma mulher num castelo
E ela dançava como um gato na escada
Ela tinha o fogo de uma príncesa em seus olhos
E soavam tambores em seus ouvidos

Eu tive um sonho com uma mulher numa estrela
Olhando para o mundo real
Ela está sozinha e sonhando com alguém como eu
Eu não sou um anjo, mas ao menos sou um homem

Eu tive um sonho que quando a escuridão acabar
Nós estaremos juntos em raios de sol
Mas isto é apenas um sonho e esta noite é a realidade
Nunca saberá o que significa,
Mas você saberá o que sinto
Quando estiver por acabar
Antes que você saiba que começou
Tudo é possível esta noite
Pare de chorar
Antes que você saiba, acabou
A noite está apenas começando

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos

Disse uma prece na escuridão para que a magia comece
Não importa o que pareça
A noite está apenas começando
Antes que você perceba acabou,


E tudo é possivel esta noite
Pare de chorar
Antes que você perceba, acabou
A noite está apenas começando

Deixe as rebeliões começarem
Deixe os fogos começarem
Estaremos dançando pelos desesperados e corações-partidos

domingo, 11 de outubro de 2009

Ubers Jahr



Spuren im Schnee fuhren an dir voruber
Frostklare Winde im Mondenschein
Endlose Stunden voll glasernem Schweigen
Wachst du beharrlich in tiefer Nacht

Bricht dann die Stille
Zerflie?t ein verschlafenes, karges Verlangen
Leise verweht sich der Nebel
Endlich voller Licht die Welt
Tiefgrune Wiesen, schattenkuhle Walder
Bluhen in der Gunst des Sonnenspiels
Reifende Ahren in wiegendem Tanze
Flustern ihre Weisen dem Winde zu

Bricht dann die Stille
Neuerlich hernieder, mit diesigem Hauche...
Leise erhebt sich der Nebel
Schlie?lich tritt die Nacht in die Welt

Wieder sind da Spuren
Im Schnee bei den Baumen
Der Mond steht alleine
In kalter Nacht

Es ist eine Stille
Ganz tiefe Ruhe
Allmachtiges Schlafen
Leise verliert sich das Leben
Wartet auf den neuen Tag

domingo, 27 de setembro de 2009

DESMATERIALIZAÇÃO EMBRIAGADA DE DIONÍZIO COMO FORMA APOLÍNEA DE REALIDADE.

Século XXI, era tecnológica, todos os domínios do intelecto humano voltados à imprevisibilidade da nova era. O tempo não mais reflete a linearidade – antiga referência dos processos de transformação – agora está a serviço dos fluxos de informações, das redes e das conexões.

A sociedade conhece novas relações, se depara com o movimento e as intermináveis misturas onde todas as coisas se complementam e se embelezam. O tão esperado encontro de Apolo com Dionízío, profetizado há cem anos através dos delírios inspiradores de Nietzsche. A forma apolínea da sociedade tecnológica e cibernética se dá através das manifestações dionizíacas das desmaterializações, do caos, da desvalorização do orgânico, dos fluxos de informações em rede como ordem das relações. A música ganha outras referências, volta ao arcaico na medida em que a cada batida sampleada pela máquina, um som tribal de percussão nos leva a outras possibilidades de realidades.

As regras sociais a partir de agora ficam sob comando do acaso. Se no século XX as relações sociais estavam ligadas às instituições – familiar, religiosa, estatal – onde morais e bons costumes ditavam modos de sociabilidade, hoje em dia é o acaso o comandante dos encontros. Não mais se aproxima de uma pessoa por se trabalhar na mesma instituição, por ser da mesma família, ou por ter mesmas crenças religiosas; e sim pela capacidade de sermos afetados por intensidades emanadas de seres com semelhanças essenciais.

A convivência entre os seres humanos é potencializada pelo virtual , um universo de possibilidades e novas formas de atuação social torna-se realidade. A simulação , a multiplicidade de papéis desempenhados , a fragmentação do ego estampado em diversas relações que se manifestam simultaneamente no ciberespaço , leva a sociedade ao gozo de se poder experimentar múltiplas realidades.

Temos estampados diante de nossos olhos o novo, e desde que o novo é novo grande questões são geradas.

Durante os séculos do milênio passado todos os tipos de movimentos que impulsionaram transformações sociais tinham bases teóricas, onde intelectuais e artistas buscavam justificar o novo com críticas ao passado. Atualmente no que se refere à questões teóricas vivemos algo contraditório em relação às transformações sociais deste início de milênio; uma vez que produções teóricas sobre a nova sociedade cibernética pós moderna está voltada para a tentativa de se explicar o inexplicável, de se compreender o incompreensível, ou seja de se conceituar o caos inerente aos novos tempos. Não há tempo para formulações de críticas ao passado como recurso de justificativas do domínio da tecnologia, já que não estamos diante de um movimento e sim de uma transformação de nível evolutivo da própria espécie humana. O curioso disto tudo é que formulações teóricas com embasamento crítico existem também,mas não em relação ao passado, e sim aos novos valores que começam a povoar as relações ,às novas maneiras de se situar na realidade, ao início do domínio do desmaterializado território chamado ciberespaço no que diz respeito as relações e suas múltiplas formas de expressões.

A situação apresentada pelo cenário atual no contexto das produções teóricas de aspectos críticos em relação a sociedade pós –moderna, traz com ela ventos do receio, atmosfera de caráter medroso , uma vez que , ao nos depararmos com o domínio da tecnologia em todos os aspectos da vida planetária,fica claro que estamos diante de uma evolução da técnica - inerente a espécie humana – e que não há fundamento em se produzir conteúdos críticos utilizando referências passadas ,como meio de justificar as transformações que povoam os universos das relações sociais sob o impacto da tecnologia. Dessa vez é a natureza humana que se manifesta, expressando a desmaterialização embriagada de Dionízio como forma apolínea de realidade.

sábado, 12 de setembro de 2009

AÇÃO COMO EXPRESSÃO DO PENSAMENTO



Pensamento como modo de vida. Ação como experimentação. Corpo e espírito, Apolo e Dionísio. Fusões, misturas e modificações. Nada a mais que tudo isso. Discursos, conceitos e verdades perdem sentido a cada movimento de fluxos intensos -herdeiros sublimes- das experimentações. Falar fazendo. As palavras só ganham significado se expressadas através de ações. Fim do pensamento progressista , individualista e racional dominante da era moderna. Fadado a desintegração, este tipo de razão ,geradora de uma morbidez social apática e domesticada ,perde sentido.


É o ciberespaço e a influência avassaladora que está exercendo nas relações humanas o grande responsável por novos mecanismos de cognições, percepções e processos de relações. O imediatismo, a facilidade de comunicação e interação, a caótica conexão dos fluxos de idéias que circulam no universo virtual, são as infinitas sementes de novas múltiplas formas de relações. Com o surgimento do ciberespaço como uma superfície de afetos , fica evidente o nascimento de outra realidade de expressão de imanências de caráter telúrico. Sendo assim , as morais – religiosas, sociais,institucionais, estatais- utilizadas como ferramenta de dominação milenar se desintegram gradativamente. É através da multiplicidade de opções existentes no universo virtual , assim como a liberdade de expressão nas variadas formas de relações; que as morais e verdades sustentadoras de valores transcendente tornam-se vulneráveis como nunca antes foi pressentido ou calculado.


O homem – animal racional das espécies dos primatas – caminha rumo à universos desconhecidos na medida em que o campo de atuação social se pluraliza através das relações existentes no caótico mundo do ciberespaço.
Estamos diante de uma evolução vital do planeta Gaia ?


Caminhamos à zonas desconhecidas ,ambientes de fusões e misturas.Pensamentos e atitudes tomam proporções simbióticas, na medida em que a velocidade e quantidade dos fluxos de informação banalizam as atmosferas de caráter "egóicos", enfatizando a importância da ação como expressão do pensamento. Fica claro que o desejo pelo controle das ações humanas, sejam elas de caráter mental, psicológico, sexual, religioso, não só permanece atuando, como busca estratégias de alcance para que os tentáculos de domesticação do poder institucional se efetuem e mantenham as regras no caminho do rebanho. Neste ponto entram as questões nietzschinianas de nobreza e baixeza das almas humanas, das distintas naturezas dos "peitos que suspiram e dos peitos que não suspiram".


O desejo pelo poder, pela tirania, pelo controle – característicos das baixezas humanas – é instintivamente natural e dessa forma infinitamente atuante. Basta olhar para a formação da civilização que este argumento ganha proporções concretas. Mas a questão em destaque, é da potencia do universo virtual de estabelecer relações que de alguma forma não estão sob domínio ou controle de poderes institucionais de adestramento social. As novas gerações de humanos terão outra percepção da vida, uma vez que realidades - de caráter distintos - coexistirão naturalmente , potencializando as múltiplas facetas das relações humanas. Estamos diante de transformações profundas , onde talvez nem tenhamos como pensar sobre elas.Trilhamos caminhos onde a desmaterialização ,a desvalorização do orgânico e a possibilidade do homem de obter o controle da vida planetária ,serão realidades que habitarão as relações telúricas dos futuros habitantes do planeta gaia.

sábado, 27 de junho de 2009

EXPRESSÕES CAÓTICAS DA NATUREZA DA VIDA

Pensar o mundo substantivamente, pensar o mundo verbalmente. Eis o grande abismo entre rigidez e movimento... Substantivo, nos remete a substância, algo fixo, um conjunto de substâncias fixas para se formar um caminho. Verbo nos remete à ação, algo móvel, processo, movimento. Uma substância em movimento formando o caminho.
A questão é cognitiva, modo de pensar e perceber o mundo. Pensar o mundo, a vida, os indivíduos como um conjunto de substantivos que, lado a lado, estáticos e rígidos, dão a forma estética para o movimento.
Pensar o mundo, a vida, os indivíduos como verbos, como ações, eternos movimentos, infinitos processos, tempo e espaço ocupando a mesma dimensão.
Ao falar em ação, em movimento, em processo, falamos em caos, já que a eternidade dos movimentos e seus processos expressam caoticamente a natureza da vida. Tudo está em movimento, do orgânico ao virtual, na natureza ao artificial. O que fez do homem moderno um ser rígido, fixado, controlador, incapaz de agir de acordo com a natureza dos movimentos e seus fluxos foi toda uma complexidade de idéias filosóficas, religiosas que há 2000 anos condicionaram o pensamento ocidental. Platonismo, catolicismo, judaísmo, preenchidos por metafísicas, por valores transcendentais, por deuses estáticos, inibindo a humanidade de se expressar imanentemente. Segundo Nietzsche, o pior, o mais persistente, o mais perigoso de todos os erros foi um erro de dogmáticos: a invenção por Platão do espírito puro e do Bem em si.
Trata-se de imanência e de transcendência. Ao se falar em valores transcendentes coloca-se poder em algo distante da capacidade humana , impedindo esta de se expressar de acordo com a própria natureza. Ao se falar de imanência, dirigimos este poder à humanidade , criando um universo de possibilidades de expressões e criações a partir da capacidade inteligível de cada um. Na transcendência permanecemos imóveis, incapazes de agir sem o aval do "tal" valor transcendental, desta maneira nos tornamos como substantivos, rígidos na forma de apreender a realidade da vida. Na imanência o poder de atuação está em nossas mãos, passamos de substantivos à verbos, passamos da rigidez ao movimento, da não ação à ação.
A vida como obra de arte: indivíduos criando suas próprias condições na existência, habitando o desejo e, a partir daí, agindo para expressá-lo.
Mudamos de século, mudamos de milênio, da era industrial de produção em série seguimos para a era tecnológica, onde a informação ganha o poder que já foi da produção. Ao se falar de informação, falamos de idéias, de criatividade, de técnica, de pensamento. Digamos que a humanidade está se tornando mais inteligente, para felicidade de uns e infelicidade de outros. O controle das informações e do conhecimento perdem sentido. De nada adianta a tentativa de controle na rede planetária de interatividade e informação .O campo virtual de expressão humana :o ciberespaço, universo de infinitas possibilidades de expressões, tende cada vez mais a ser habitado pela humanidade, e uma vez presente no cotidiano , eis um grande recurso para que imanências sejam expressadas. A decadência de valores transcendentais, seja em um deus, em morais estabelecidas, em verdades inquestionáveis tendem a se afirmarem, na medida em que com o passar dos anos a humanidade for tendo acesso ao ciberespaço e dessa forma libertando-se do controle estabelecido há mais de mil anos.
Conhecimento gera liberdade de escolhas e é no conhecimento que caminhamos nesta nova era que se inicia. Dentre outras tantas mediocridades e situações bizarras que a natureza humana é capaz de realizar, existe uma nova realidade a ser conquistada: a realidade virtual, e com ela infinitas possibilidades de perceber e viver a vida. Para os pessimistas, amedrontados com a "desmaterialização orgânica" que se sujeita a humanidade do planeta Gaia, não há como voltar atrás, entramos em um novo movimento, o tão esperado encontro do tempo e do espaço, eis a fusão espaço/tempo, eis o caos sendo reconhecido nas intensidades do acaso.