segunda-feira, 25 de junho de 2007

Dzogchen!


(...)Todas as grandes coisas perecem por si mesmas, levantando-se a si mesma, assim deseja KIA, a lei necessária - Vitória sobre si mesmo - que faz parte da essência da vida. Compreende-me? Auto superação da auto crença por voracidade, auto superação do ego, pelo seu contrário! O que?!? Voces ainda precisam de um teatrinho? São assim tão imaturos? Use a inteligencia e procure a tragédia e a comédia, lá onde elas são bem representadas! Onde tudo passa de maneira mais interessante e mais interessada (Fator importante, Interesse-se apenas por aquilo que se interrese por vc.). É verdade que não é nada fácil nela permanecer um mero expectador, mas aprenda a faze-lo. Aí, então, em quase todas as situações difíceis e penosas, vc conservará uma pequena porta para a alegria e um refúgio, mesmo quando as suas paixões desabarem sobre vc. A audácia e a liberdade de sentimento diante de um poderoso inimigo, diante de uma adversidade sublime ou de um sentimento aterrorizante é tal estado triunfante que o artista mágicko elege, que ele glorifica. Diante do espetáculo da tragédia é que o elemento guerreiro de nossa alma celebra suas batalhas. Praticamente, em todos os lugares, é a loucura que abre caminho para o novo pensamento, que rompe o interdito de um costume de um paradigma respeitado. Para todos os homens superiores que foram irresistivelmente atirados a romper o julgo de um paradigma qualquer e a instaurar novas leis, não restou nada mais a ouvir do que: "Se não eram realmente loucos","enlouqueceram","são dementes"," Não possuem carater suficiente". O homem é uma corda, atada entre o animal e o sobre humano; uma corda sobre um abismo que é grande no homem. Mas ele é uma ponte e não um fim. O que pode ser amado no homem é que ele é uma passagem e um acaso. Não é apenas nos poetas e em seus belos sentimentos líricos que eu tendo a extravasar com a minha malícia (Sim, sou malícioso no que escrevo, quase sempre! Mas sou homem o suficiente para admitir isso!). Quem sabe que tipo de vítima eu procuro, que mosntro de assunto paródico me exitará em breve? Incipit Tragoedia! - Cuidado, inclusive eu mesmo! Algo essencialmente mau e sinistro se anuncia - Incipit parodia - Não resta a menor dúvida! (...)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Psiconautas!


O que sou? Um advinho? Um tolo? Um sonhador? Bebado? Um sino da Meia-Noite? Uma gota de Orvalho, um vapor e um perfume de eternidade. Não ouviram??? Não sentiram o aroma??? Meu mundo acaba de se consumar, meia-noite é também meio-dia. A Dor é também Amor, a Maldição é também Benção, a Noite é também um Sol. Vai embora ou aprenda: Um sábio é também um parvo! Disse sim ao Amor? Meu amigo, então disse sim também à Dor. Todas as coisas estão encadeadas, enoveladas, enamoradas. Quiseste uma, duas vezes, falou alguma vez "Eu te Amo?" Vem, instante! Então quiseste tudo e todo e novamente. Tudo de novo, tudo eternamente, tudo encadeado, enovelado, enamorado, então nós amamos o mundo! Nós, Eternos, amamos eternamente e a todo o tempo. E também para a Dor falamos: "Vá embora, mas retorne." Pois todo Amor e Dor quer - Eternidade! Todo Amor e Dor quer de todas as coisas a eternidade, quer mel, quer bêbada meia-noite, quer covas, quer o consolo das lágrimas das covas, quer o dourado acaso. O que não quer o Amor? Ele é sequioso, tem o prazer, é mais faminto, é mais pavoroso, mais secreto que toda Dor, ele se quer e morre em si. Ele quer prazer, ele quer ódio, ele é riquíssimo, dá, atira fora, mendiga que alguém o tome, agradece ao que o toma, ele quer ser odiado e é morto por aquele que ele ama. Tão rico é o Amor, que tem sede de Dor, de Inferno, De Ódio, de Injúria, de Aleijo, de Mundo! Mundo... Este nós conhecemos! Psiconautas! Por nós ele anseia, o Amor irrefreado, Venturoso! Por nossa Dor, Malogrados! Ansiamos o Amor. Ansiamos a Dor. Ansiamos a Potência Eterna! Todo Amor quer a si próprio. Por isso quer também o sofrimento de coração. Felicidade & Dor. O Amor quer de todas as coisas a Eternidade! Que profunda...Profunda Eternidade!

domingo, 17 de junho de 2007

Hierofante!


Estou aqui, condenado por todas as decisões e indecisões, triângulo vermelho aminha frente.Enquanto prisioneiro em uma jaula branca artificial preenchida por dispositivoseletrônicos, inundo meus neurônios com toneladas de informação industrializada:lixo conceptual. Busco uma peculiaridade, uma brecha percentual num mar caótico,uma idiossincrasia que possa explorar e que guie ao êxtase, invariavelmentereligioso, invariavelmente sexual, nesse nível. Busco a pedra filosofal e amedicina dos metais. Sou um bruxo urbano, um xamã cibernético.Desisti das armas e da competição com os macacos pelados a muito tempo. Mantenhoo palavreado enigmático e a estética sinistra como que para sinalizar, não paraconfundir ou assustar. Busco minha brecha criando o Caos e seguindo alguns doscaminhos tenros que Ele cria, e que não existiriam em um milhão de mundossemelhantes a este.“Criar o caos” é apenas interagir com o mundo de forma criativa, singular. Ou,antes, é pensar o mundo de forma criativa e singular. O objetivo só pode serligar o cérebro com os genitais, ou o ideal com o real, a consciência com apercepção, o corpo com a alma. Casamento alquímico, ascensão da serpenteKundalini. A fertilidade, energia da criação circulando pelo corpo, circula peloambiente, é exibida na arte, e como o sol, cega e maravilha quem está por perto.“Religare”, fazer sua a vontade de deus. Chamo o meu de Falo, Sol, Serpente,Self, DNA, partícula-onda ou o que me apetecer.Por isso talvez o desejo de ter um filho seja idêntico ao desejo de explorar oespaço. Espalhar vida pelo universo é certamente o nosso destino, enquanto raçahumana. Todo sexo e toda a morte que aconteceram neste planeta serviram comopassos no acelerar desse processo, comandado por Nosso Senhor. Não passo de umabolha na Coca-Cola de Brahma, mas isto não diminui meu serviço ou meu êxtase.Por outro lado, cada ato que realizo não passa de uma bolha a meu serviço, cadaum repleto de significado, cada um absolutamente inútil. Que trabalhem por mimcom o mesmo prazer que trabalho pelo refresco de Brahma!Prego o que sei por paradoxos. Sou desconfortável, sádico. Não se acorda umbêbado preguiçoso com carinhos, não se desperta curiosidade com fés. É fácil sertomado por um estrangeiro cuja língua ninguém conhece. Me reverenciam comoreverenciariam um lama, um hippie deslocado ou uma biblioteca de hospício. Massou apenas um processo aleatório, como todos os processos naturais. A únicadiferença entre mim e os macacos pelados é que eu sigo os fractais caóticos douniverso, e eles seguem algum organograma arbitrário.No passado nos dirigíamos as massas, assumíamos a postura de mestre, guru, Papa,“aquele que sabe mais”. Agora agimos por sutilezas, somos subliminares, usamosnovas mídias. A era dos pastores televisivos foi o canto podre de um cisnecaduco, a pregação em massa. Tocamos apenas aqueles que nos amam. Nosso campo deação depende de nosso carisma.Ontem vi um mendigo na rua e ele parecia saber. Sou contra a caridade, mas lhedei uma moeda. Ninguém discute os desígnios do Caos. Ele tinha a natureza deBuda.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Pelo fim das certezas...




...E o advento da ignorância, urge a entrega ao vazio. Nada em excesso! Cada vez mais Nada, pelo fim do jugo da razão! Respire fundo, vai ser preciso: vamos falar dos Bebês do Abismo. Um bebê? Um bebê? Inocentes criaturas rechonchudas moldando a massa bruta dos devires, hesitantes senhores das marionetes. Queres razão? Queres fé? Dance com os mutantes, dance! Crie, destrua, divirta-se, goze no Vácuo da sopa caótica. Deleite-se com o simples prazer do 'Não'. Estamos aqui como um pelotão de fuzilamento que não tem munição e como o condenado que prefere não ver seu último desejo atendido. Somos pela criação de mundos contra a realidade consensual, pela ociosidade criativa contra o esforço estéril, pela incerteza contra a segurança, pela doença venérea contra o ataque cardíaco, pela bobagem contra a coerência, contra a ganância pela mendicância, e assim por diante, porque isto já está cansando. Jesus se matou. (Todos nós, deuses sacrificados, sabemos do que falo.) Quem quer que já tenha tido um orgasmo sabe que a morte é nossa única amiga. Mas não se deve irritá-la, já que a dama pode te fazer viver & sofrer infinitas outras vidas, e muita lenga-lenga entre elas, até o próximo orgasmo. (Será que pode mesmo?) "Todo êxtase é fugidio, todo prazer ilusão." Que belo Buda que nos destes, Senhor. Nem podemos nos contentar com umas mentirinhas inofensivas e com alguma fé idiota (e há fé que não o seja?) que nos deixe pastando felizes e completos? (Completos... A compleição será mais do que a felicidade?) Sou apenas mais um que pensa, e por pensar pensa que pensa o que pensa pensar. (Ao estilo de uma poesia de Pessoa eu penso ser uma pessoa que pensa como Pessoa - mas eu não passo de um heterônimo mal criado.)